Voltado à exposição da chita e de suas mil e uma possibilidades, o ambiente Galeria - Chita, Chitinha e Chitão foi pensado pelos arquitetos Clélia Carvalho e Romeu Duarte, o museólogo Francisco Aragão e o designer Henrique Baima, com apoio e curadoria do gestor cultural Luís Carlos Sabadia. O espaço procura oferecer aos visitantes uma compreensão do tecido e de suas diversas utilidade
através dos mais variados meios. A exposição conta com colaboração de Musa Lyra, designer, pesquisadora e artista multimídia, detentora de um profundo conhecimento sobre o material e de um precioso acervo.
Iniciando-se por uma galeria, a história da chita é exposta pela trilha do chintz, tecido produzido na Índia no século XVII e que posteriormente ganhou a Europa. Transformado em chita em terras portuguesas, chegou ao Brasil no século XIX, caindo rapidamente no gosto popular. Painéis explicativos constroem um caminho para o entendimento dessa trajetória e a fruição da beleza das peças, estas acondicionadas em nichos. Paredes e forros, estes muitas vezes sacados para destacar elementos, receberam cores retiradas do próprio universo cromático da chita. A iluminação, discreta e distribuída adequadamente, também contribui para a criação de uma atmosfera de encantamento. O piso remete ao barro do chão, de fortaleza telúrica.
No salão, são expostos manequins com criações exclusivas de Musa Lyra, com realce especial para a Carmen Miranda e a noiva, esta emoldurada pela bela imagem da Igreja de Nossa Senhora da Conceição do Monte, um dos ícones do sítio histórico da cidade de Icó, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. A coleção é valorizada ainda por panos de chita lisa, os quais, tremulando ao sabor da brisa produzida por ventiladores estrategicamente posicionados, emprestam movimento ao ambiente.
Confira a galeria especial que preparamos do ambiente, não deixe de visitar a Casa Cor Ceará 2011 e conhecer de perto a história da chita: